Como gerir a paixão
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Como gerir a paixão
A forma como devemos gerir a paixão depende, antes de mais, dos nossos objectivos.
Naturalmente, sendo uma emoção agradável, queremos prolonga-la o máximo de tempo possível, mas é certo, sabido e provado pela ciência que a paixão tem uma duração limitada, acabando por se transformar noutro sentimento ou simplesmente definhando.
Comece por pensar no que quer. A sua relação actual pode ajudá-lo a chegar onde deseja a médio ou a longo prazo?
Também pode optar por simplesmente aproveitar viver a paixão um dia de cada vez. Se essa escolha for consciente, já estará a gerir esse estado emocional.
1º PASSO: CONHEÇA-SE A SI MESMO
Seja o mais honesto possível e escreva as respostas que encontrar para as questões que aqui apontamos, com a colaboração do psicólogo clínico Vítor Rodrigues:
* O que pretendo desta paixão?
* Aceito os defeitos da pessoa com quem estou, recuso-me a reconhecer que existem ou isso é-me indiferente?
* Projecto nela os meus desejos, frustrações, medos ou expectativas?
* Sinto-me à vontade para ser como sou ou mostro apenas uma parte de mim (creio que se ela souber realmente como sou deixará de estar comigo)?
* Esta pessoa é estranhamente parecida com a minha mãe ou pai?
* O que sinto por essa pessoa é-me retribuído por ela?
* Estou constantemente à procura de uma paixão e nunca fico satisfeito?
2º PASSO: PASSE À PRÁTICA
Se percebeu que não é correspondido, que está a desenvolver um sentimento de posse, que está a projectar no outro uma imagem fixa de si próprio, que pode estar a procurar nessa pessoa compensações para situações mal resolvidas com os seus pais, ou se tem saltado de paixão em paixão sem que isso o faça feliz, algo de errado se pode estar a passar.
Se sentir que não está a conseguir lidar sozinho com a situação, procure ajuda especializada.
Se, pelo contrário, percebeu que a sua relação é saudável e quer investir emocionalmente nela (e/ou que o outro também), há várias estratégias que deve por em prática para ter sucesso.
Eis as ideias-chave dos psicólogos Janet Reibstein, John Gottman, John Gray, David Níven e María Jesús Álava Reyes e de Ian Kerner, conselheiro matrimonial, e Scott Haltzman, psiquiatra.
1. Encare a relação como um emprego a tempo inteiro. Questione-se diariamente sobre o que fez e pode fazer para cuidar dela
2. Assumam o compromisso de viver novas experiências enquanto casal. Desenvolvam actividades em conjunto
3. Não abdiquem de momentos a sós
4. Compartilhem prazeres, mesmo quando são actividades em que um de vocês não está presente
5. Estimulem a química sexual, introduzindo novidades e partilhando fantasias com o parceiro. É essencial encontrar um equilíbrio entre a vontade de um e os desejos do outro.
6. Aceitem que o conflito faz parte das relações
7. Exprimam frequentemente gratidão pelo que o outro faz
8. Iniciem as discussões com expressões de afecto
9. Respirem fundo, tentem ouvir-se e usem expressões como «compreendo o teu ponto de vista»
10. Façam um intervalo quando se exaltarem demasiado (20 minutos se exceder as 100 pulsações por minuto)
11. Encerrem as discussões de forma positiva, lembrando-se do que foi possível esclarecer com ela
12. Mantenham sempre a educação e a delicadeza
Cinco erros a evitar
1. Esperar que o seu parceiro o faça feliz, em vez de se preocupar em torná-lo feliz
2. Tentar mudar a essência do seu parceiro, em vez de se recordar que foi essa a pessoa por quem se apaixonou
3. Perder a própria identidade, autonomia ou independência. Lembre-se que foi por si que o seu parceiro se apaixonou (e não por uma cópia dele mesmo)
4. Pensar que a relação está a definhar porque a paixão diminuiu
5. Não respeitar a igualdade de ambos na tomada de decisões, os sacrifícios feitos em benefício da relação e a realização de tarefas domésticas
Para o sucesso da relação é ainda essencial que esteja consciente das diferenças entre os sexos e que tente sempre decifrar a linguagem do outro. Se a mulher tende a ver o diálogo como uma forma de procurar proximidade, o homem vê-o como forma de estabelecer uma hierarquia de poder. Assim, ele avança com soluções para mostrar que é capaz de a defender do que a preocupa, atitude que ela interpreta como forma de controlo.
submundos
Naturalmente, sendo uma emoção agradável, queremos prolonga-la o máximo de tempo possível, mas é certo, sabido e provado pela ciência que a paixão tem uma duração limitada, acabando por se transformar noutro sentimento ou simplesmente definhando.
Comece por pensar no que quer. A sua relação actual pode ajudá-lo a chegar onde deseja a médio ou a longo prazo?
Também pode optar por simplesmente aproveitar viver a paixão um dia de cada vez. Se essa escolha for consciente, já estará a gerir esse estado emocional.
1º PASSO: CONHEÇA-SE A SI MESMO
Seja o mais honesto possível e escreva as respostas que encontrar para as questões que aqui apontamos, com a colaboração do psicólogo clínico Vítor Rodrigues:
* O que pretendo desta paixão?
* Aceito os defeitos da pessoa com quem estou, recuso-me a reconhecer que existem ou isso é-me indiferente?
* Projecto nela os meus desejos, frustrações, medos ou expectativas?
* Sinto-me à vontade para ser como sou ou mostro apenas uma parte de mim (creio que se ela souber realmente como sou deixará de estar comigo)?
* Esta pessoa é estranhamente parecida com a minha mãe ou pai?
* O que sinto por essa pessoa é-me retribuído por ela?
* Estou constantemente à procura de uma paixão e nunca fico satisfeito?
2º PASSO: PASSE À PRÁTICA
Se percebeu que não é correspondido, que está a desenvolver um sentimento de posse, que está a projectar no outro uma imagem fixa de si próprio, que pode estar a procurar nessa pessoa compensações para situações mal resolvidas com os seus pais, ou se tem saltado de paixão em paixão sem que isso o faça feliz, algo de errado se pode estar a passar.
Se sentir que não está a conseguir lidar sozinho com a situação, procure ajuda especializada.
Se, pelo contrário, percebeu que a sua relação é saudável e quer investir emocionalmente nela (e/ou que o outro também), há várias estratégias que deve por em prática para ter sucesso.
Eis as ideias-chave dos psicólogos Janet Reibstein, John Gottman, John Gray, David Níven e María Jesús Álava Reyes e de Ian Kerner, conselheiro matrimonial, e Scott Haltzman, psiquiatra.
1. Encare a relação como um emprego a tempo inteiro. Questione-se diariamente sobre o que fez e pode fazer para cuidar dela
2. Assumam o compromisso de viver novas experiências enquanto casal. Desenvolvam actividades em conjunto
3. Não abdiquem de momentos a sós
4. Compartilhem prazeres, mesmo quando são actividades em que um de vocês não está presente
5. Estimulem a química sexual, introduzindo novidades e partilhando fantasias com o parceiro. É essencial encontrar um equilíbrio entre a vontade de um e os desejos do outro.
6. Aceitem que o conflito faz parte das relações
7. Exprimam frequentemente gratidão pelo que o outro faz
8. Iniciem as discussões com expressões de afecto
9. Respirem fundo, tentem ouvir-se e usem expressões como «compreendo o teu ponto de vista»
10. Façam um intervalo quando se exaltarem demasiado (20 minutos se exceder as 100 pulsações por minuto)
11. Encerrem as discussões de forma positiva, lembrando-se do que foi possível esclarecer com ela
12. Mantenham sempre a educação e a delicadeza
Cinco erros a evitar
1. Esperar que o seu parceiro o faça feliz, em vez de se preocupar em torná-lo feliz
2. Tentar mudar a essência do seu parceiro, em vez de se recordar que foi essa a pessoa por quem se apaixonou
3. Perder a própria identidade, autonomia ou independência. Lembre-se que foi por si que o seu parceiro se apaixonou (e não por uma cópia dele mesmo)
4. Pensar que a relação está a definhar porque a paixão diminuiu
5. Não respeitar a igualdade de ambos na tomada de decisões, os sacrifícios feitos em benefício da relação e a realização de tarefas domésticas
Para o sucesso da relação é ainda essencial que esteja consciente das diferenças entre os sexos e que tente sempre decifrar a linguagem do outro. Se a mulher tende a ver o diálogo como uma forma de procurar proximidade, o homem vê-o como forma de estabelecer uma hierarquia de poder. Assim, ele avança com soluções para mostrar que é capaz de a defender do que a preocupa, atitude que ela interpreta como forma de controlo.
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