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Paciente inglês fica sem olho para se travar grave infecção

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Post by ritandrade Tue Aug 10, 2010 7:05 pm

Três dos quatro doentes operados na clínica I-QMed, em Lagoa, estão cegos. A um deles, inglês, é hoje, terça-feira, extraído um dos olhos, tal é a gravidade da infecção. Ao JN, a clínica garantiu que os procedimentos foram os exigíveis e que até forneceu cuidados pós-operatórios.

Uma das quatro vítimas da infecção ocular ocorrida numa intervenção cirúrgica oftalmológica na clínica I-QMed, em Lagoa, um paciente de nacionalidade inglesa, será hoje, terça-feira, submetido a uma operação para a extracção do olho direito.

A equipa médica do Serviço de Oftalmologia do Hospital dos Capuchos, em Lisboa, optou por tentar impedir assim o alastramento da elevada infecção, tendo garantido a Michael que receberá uma prótese.

De 66 anos e residente no Funchal (Madeira), Michael e outros dois doentes foram ontem declarados clinicamente cegos, 15 dias depois de terem entrado nas urgências daquela unidade do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHCL). Através de um comunicado, a equipa médica do CLHL revelou que "estão esgotados todos os procedimentos com o objectivo de tentar preservar a função da visão, dos três doentes sujeitos a cirurgia de cataratas a um único olho".

Quanto à quarta paciente, Valdleine, a cidadã brasileira que se submeteu a uma operação de colocação de lentes intra-oculares, continua com prognóstico muito reservado. Mãe de uma menina de três anos e um rapaz de 15, apenas consegue diferenciar a escuridão da claridade.

Maria do Rosário Barradas, filha de um dos pacientes com cegueira definitiva, Ernesto (de 83 anos), mostrava-se, ontem à noite, transtornada com o facto de ter conhecido o estado clínico do familiar pela comunicação social.

"Estou revoltada. Não quero acreditar que estou a sair da visita (às 20 horas), sem que os médicos me tenham dito nada", disse, chorosa. "Não tenho advogado e não conheço os familiares dos outros doentes. Precisamos que nos ajudem a seguir para a Justiça", apelou Rosário Barrada, cujo pai pagou 1100 euros pela operação.

Franz Versteeg, o médico que operou os quatro doentes, em Lagoa, já foi ouvido pela Inspecção-Geral das Actividades Económicas (IGAS). Holandês, o profissional mostrou-se disponível não só para entregar os vídeos das intervenções oftalmológicas ocorridas a 20 de Julho de 2010, como terá explicado que o material usado naquelas cirurgias foi encaminhado para análise laboratorial.

Ao JN, fonte da I-QMed explicou que "todos os procedimentos foram tomados". "Aliás, horas depois da operação, a cidadã brasileira queixou-se e à uma hora da manhã (de 21 de Julho) já estava a ser atendida na clínica", explicou, adiantando que nos próximos dias haverá mais explicações no site da clínica algarvia.

Quanto ao facto de Versteeg ter o psicólogo Reinaldo Bartolomeu como assistente de oftalmologia – que não é reconhecido pela Ordem dos Médicos – durante as cirurgias, a mesma fonte foi clara: "antes de ser psicólogo, Reinaldo Bartolomeu já trabalhava como assistente. Estudou e manteve-se na clínica, onde está há vários anos, também como psicólogo".

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