Bombeira de 21 anos morre cercada pelo fogo em Gondomar

É a terceira morte em Agosto e a primeira, desde há três anos, a ser causada directamente pelas chamas.

Passava pouco das 19 horas quando a sirene soou em Lourosa, a avisar da morte da bombeira de 21 anos, contaram ao i alguns locais. Sabia-se ainda pouco na cidade, algumas informações vagas e a dúvida quanto ao estado dos outros três homens que seguiam na viatura cercada pelo fogo numa missão em Monte Meda, concelho de Gondomar.

É o segundo bombeiro que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lourosa perde este ano - em Abril, Henrique Almeida e Silva, de 36 anos, morreu num serviço particular no porto de Leixões mas a corporação fez- -lhe um funeral de honra. É também a primeira morte de um bombeiro no meio do fogo nos últimos três anos. Segundo dados da Protecção Civil, na última década perderam a vida 65 bombeiros, mas nos últimos tempos as situações mais comuns têm sido acidentes de viação como os que este mês mataram um bombeiro de Cabo Ruivo e, na segunda-feira, um bombeiro de Alcobaça que combatia uma frente do incêndio de S. Pedro do Sul na serra da Arada - que viria a ser determinante para o controlo do fogo ontem de manhã. Ao i, o comandante José Bismarck do CDOS de Aveiro - responsável pelo incêndio em Gondomar que ontem à noite ainda mobilizava 102 homens - explicou ao i que a viatura ficou cercada devido a uma mudança súbita dos ventos, numa zona de mato denso onde o fogo progrediu de forma desfavorável durante a tarde. Além da vítima mortal, ontem à tarde um segundo bombeiro continuava em estado muito grave no Centro Hospitalar de Gaia, com queimaduras em 60% do corpo.

ionline