«Crescia-me a alma quando ouvia gritar o meu nome» - Hernâni Broco

Foi a grande referência dos portugueses na Volta a Portugal, ao classificar-se na quinta posição perante o domínio dos espanhóis. A A BOLA falou da sua prestação e dos dias emocionantes que viveu.

- Na recente Volta a Portugal representou a grande esperança nacional para o êxito.Embora não tenha conseguido, qual a sensação de ter sido o melhor português?
- Tenho de reconhecer que os que ficaram à minha frente foram melhores e felicitar o David Blanco, porque demonstrou ser o melhor. Dei tudo para chegar ao pódio, mas no contra-relógio não foi possível. Pelos resultados conseguidos deveria ter ficado nos três primeiros.Os portugueses mereciam que tal tivesse acontecido.

- Há alguma explicação para ter perdido um lugar no pódio no contra-relógio?
- Trata-se de uma especialidade que necessita de muito trabalho para se obter o máximo rendimento. Perdi algum peso para estar bem na montanha, o que se reflectiu no crono. Em Portugal há poucos contra-relógios, por isso a maioria dos corredores não treina para essa especialidade.A falta de treino específico justifica o mau resultado.

- Alguma vez pensou ser o melhor dos portugueses na Volta?
- Todos os que participam sonham vencer, não fui excepção. Com o trabalho desenvolvido tinha possibilidades de ficar nos dez primeiros, vencer 1 etapa e ajudar o Sabido, o nosso chefe de fila.

- Como encarou a situação de se ver na discussão da Volta?
- Foi experiência única que jamais esquecerei. Aguentei bem a pressão. Cheguei a pensar que podia vencer a Volta. O público foi fantástico. Crescia-me a alma quando ouvia gritar o meu nome, aumentavam o querer e a força.

abola