Primeira Lei de Newton

Por centenas de anos o movimento (assim como suas causas) foi motivo de indagação de vários filósofos. Antes de Galileu e Newton pensava-se que certa influência (uma força) era necessária para manter o corpo em movimento com velocidade constante, e que um corpo estava em seu “estado natural” quando estava em repouso. Caso não fosse puxado ou empurrado, o corpo pararia “naturalmente”.
Para a época (e, para alguns, nos dias de hoje) tais idéias pareciam bem lógicas e as comprovações bem simples de observar. Para isto, bastava-se tomar um corpo de prova (um objeto qualquer) sobre um plano horizontal rígido. À medida que o bloco desliza ao longo do plano, ele reduz a velocidade até parar. Esta observação foi usada para justificar o fato de que apenas existe movimento se houver a presença de uma força.

Contudo, à medida que o bloco e a superfície vão sendo polidas e/ou lubrificadas, a velocidade vai diminuindo cada vez mais lentamente à medida que o polimento / lubrificação vai aumentando. Caso fosse possível eliminar todo o atrito e outras forças de resistência, o corpo deslocar-se-ia em linha reta indefinidamente. Sendo assim, uma força externa seria necessária para mover o corpo, mas não seria necessária nenhuma força para mantê-lo em movimento. E a situação contrária também é verdadeira: uma força externa é necessária para levar o corpo ao repouso, mas nenhuma força é necessária para mantê-lo em repouso.

As conclusões citadas no parágrafo anterior, Newton estabeleceu o que se conhece como Primeira Lei do Movimento de Newton ou Lei da Inércia: Todo corpo permanece em estado de repouso ou movimento retilíneo e uniforme a menos que seja forçado a mudá-lo por forças aplicadas sobre ele. Uma maneira mais formal de enunciar esta lei é a seguinte: Todo corpo, livre da ação de forças externas, permanece em equilíbrio.

O termo “livre da ação de forças” na expressão anterior significa que a soma de todas as forças que atuam em um corpo é igual a zero. O termo equilíbrio refere-se à duas situações: equilíbrio estático (repouso) e equilíbrio cinético ou dinâmico (M.R.U.)

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