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A história curiosa da menstruação

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Post by ritandrade Wed Jun 30, 2010 2:04 pm

Nas sociedades ocidentais, a mulher que estava no período da sua menstruação era marginalizada, isolada, tornava-se intocável, ao mesmo tempo que se lhe atribuíam poderes metafísicos. Ainda persistem universalmente teorias como a de não ter relações durante este período.

Na História

Numa tradução da História Natural de Plínio, escrita nos princípios da era cristã, pode ler-se o seguinte parágrafo, certamente «elucidativo».
«A mão de uma mulher com a menstruação transforma o vinho em vinagre, seca as colheitas, mata as sementes, murcha os jardins, faz cair a fruta das árvores, escurece os espelhos, oxida o ferro e o latão (especialmente da menstruação…» Quando está lua minguante), mata as abelhas, tira o brilho ao marfim e enlouquece os cães que lambem o sangue da menstruação…» Nem um furacão chegaria tão longe. A ruptura entre as comunidades judaica e cristã, no século I da nossa era, assinalou um marco no processo de abandono da noção de contaminação ritual, para adoptar a de pecado pessoal. Como consequência, os cristãos deixaram de frequentar a VI Kvah, casa de banhos, onde as mulheres deviam de ir durante a menstruação e depois do estado de «impureza» a que estavam sujeitas.

Bem Tapadas

Al-Gazali,, um importante adivinho muçulmano do início da Idade Média, afirmava que as mulheres menstruadas deviam cobrir o corpo, entre o umbigo e os joelhos e masturbar os maridos »com ambas as mãos». Na realidade, não havia um desejo de «libertação sexual» na promoção destes comportamentos (ao contrário do que acontecia com os homens), mas uma necessidade imperiosa de protecção contra o adultério. Actualmente, nalgumas comunidades fundamentalistas continua a considerar-se o período menstrual uma fase de impureza durante a qual se desaconselha o coito.

Ainda Persistem

Ideias deste tipo ou outras de carácter semelhante, embora esteja a desaparecer, persistem ainda em várias regiões da Europa e da América. Assim, algumas comunidades judaicas da Europa Oriental acreditam que, se as mulheres se aproximarem das conservas durante a menstruação, estas estragam-se. Na Carolina do Norte, mantém-se a crença tradicional de que, se uma mulher amassar um pastel durante o período, o resultado será incomestível. E assim constantemente até os dias de hoje. No entanto, o sangue menstrual não foi objecto de repulsa. Na Europa medieval era frequentemente utilizado para combater os males da lepra e por vezes chegou a ser considerado um afrodisíaco potente, como foi o caso de Luís XIV, convencido nesse sentido pela sua amante, a marquesa Montespan.

Celebração

São interessantes os comportamentos de outras civilizações em que toda a família celebra a menarquia e onde até participam povos inteiros com festas especiais ou danças rituais. Nalguns grupos, as jovens mudam a sua maneira de vestir ou o penteado para todos ficarem a saber que já são adultas e que estão prontas para o casamento.

Também Aqui

Actualmente, na nossa sociedade, algumas adolescentes têm problemas relativamente ao período. Entre outros destacam-se: a falta de informação acerca dos mecanismos do seu próprio corpo; a presença de sangue (medo de manchar a roupa, sensação de incómodo com os pensos ou tampões, pensamentos de «sujidade»); o vocabulário utilizado («sentir-se mal», «manchar», «aquilo»); as mensagens internas e negativas; dor e alterações emocionais; as crenças infundadas («talha a maionese»); a percepção de que se trata de um incómodo que não afecta os homens.

Apoio Paterno

Não há circunstância mais propícia para os pais exprimirem o seu afecto de forma honesta, franca e terna com as suas filhas. É o momento em que a adolescente pode dizer abertamente «finalmente aconteceu» sem receios nem exasperação. Além do respeito relativamente à nova situação, os pais, que prepararam a filha para aceitar com naturalidade o início da sua fisiologia natural, podem demonstrar a sua alegria quando lhe vem pela primeira vez o período («Parabéns, estás a crescer»).

Atrasos

Os progenitores, ou, na sua ausência, o primeiro ginecologista, o pediatra ou o encarregado de educação, podem informar a menina, entre os 11 e os 16 anos, se ainda não for menstruada, que não deve de impacientar e que a masturbação não afecta o ciclo menstrual, que e pode aliviar a dor, que o hímen vai enfraquecendo por si só (caso contrário, como sairia o sangue do período?) e que o uso do tampão vaginal não o prejudica. Se os pais não se atreverem a fazê-lo ou se a adolescente for reservada e tímida, podem oferecer-lhe um livro ou um folheto sobre o assunto. O objectivo é evitar angústias desnecessárias.

Livro " Psicologia para todos "
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Post by .uNR][Hydden Wed Jun 30, 2010 5:16 pm

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