Benfica empata com o Groningen (3-3) e comete erros defensivos

O Benfica dominou, criou oportunidades para vencer o Groningen, mas não conseguiu melhor do que um empate (3-3). A defesa mostrou-se permeável e o ataque acumulou desperdícios. A águia ainda pode vencer o Torneio de Guimarães se bater os anfitriões.

Quem olha para o marcador fica com a clara sensação de que o Benfica passou por dificuldades diante do Groningen, uma equipa holandesa a léguas da qualidade evidenciada pelos campeões nacionais, mas que soube arreliar e explorar as fragilidades do adversário. Os encarnados estiveram a perder, ainda empataram, colocaram-se em vantagem no marcador, deixaram-se novamente empatar, deram um passo em frente, chegaram à vantagem, mas o adversário fez o 3-3 bem no fim.

Não deixam de ser incidências a mais num jogo de carácter particular e que mostram que o treinador Jorge Jesus ainda tem muito trabalho pela frente, sobretudo para dotar a equipa da mesma segurança defensiva da época passada, embora a ausência dos internacionais sirva de atenuante. Por outro lado, a águia mostrou ter a pontaria mal afinada e desperdiçou várias oportunidades ofensivas, caso contrário teria garantido um resultado folgado.

Para já, o Benfica ainda não pratica o futebol intenso e explosivo da época passada, mas continua a fazer dos princípios estéticos uma máxima suprema. Os campeões nacionais voltaram a desenhar as célebres tabelas, os mesmos passes rasgados e as mesmas triangulações da época passada. Fazem-no de forma mais lenta, é verdade, porque a equipa ainda ganha os princípios físicos necessários na pré-temporada, mas continuam a fazê-lo. E bem.

O desenho táctico é o mesmo, a equipa estende-se em 4x4x2 losango, há um número dez a alimentar o ataque – ontem, o escolhido foi Carlos Martins, fez um bom jogo e marcou um grande golo num pontapé à meia volta –, há um trinco a fechar a defesa (o escolhido foi Airton), dois avançados abertos no ataque – Kardec está a crescer a olhos vistos e é uma boa alternativa a Cardozo –, e continua a haver uma tendência natural para explorar o flanco esquerdo, onde Gaitán se assume como o sucessor de Di María.

Nota-se que Jesus ainda precisa de fazer muitas afinações para dotar a máquina da mesma capacidade trituradora da época passada. Tem a ver com questões de segurança defensiva e com a capacidade letal do ataque. Mas a ausência dos internacionais e a rotação de nomes no jogo de ontem também explica muita coisa...

Benfica, 1
Groningen, 1

Local: Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães
Árbitro: Augusto Costa (Aveiro)
Benfica: Roberto; Luís Filipe, Sidnei, Fábio Faria e César Peixoto; Airton, Rúben Amorim, Carlos Martins e Gaitán; Franco Jara e Alan Kardec. Treinador: Jorge Jesus. Jogaram ainda: David Luiz, Balboa, Javi Garcia, Felipe Menezes, Weldon, Saviola, Aimar e Nuno Gomes.

Groningen: Nienhuis; Hiariej, Ivens, Granqvist e Stenman; Metaj, Kieftenbeld e Garcia; Tadic, Pederden e Van de Laak. Treinador: Pieter Huistra. Jogaram ainda: Kunst, Post, Menting, Velmate, Rijsdijk

Ao intervalo: 1-1 Golos: Pederden (4), Alan Kardec (6), Carlos Martins (58), Metaj (76), Nuno Gomes (78), Stenman (88).

Fonte: jn

O Jesus afina isso. :winking:

pois tá bem.

Mas também é de notar, quais os jogadores da equipa titular jogaram regularmente a época passada...

César Peixoto, Rúben Amorim e Carlos Martins.
Depois das substituições só entraram mais 4 que jogaram regularmente o ano passado, David Luiz, Javi, Aimar e Saviola.