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Fantasiar faz bem

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Post by ritandrade Thu Jul 22, 2010 4:29 pm

Fantasiar faz bem 446741

Conheça os poderes e perigos da criatividade no campo sexual

Duas loiras, uma ruiva e uma morena conversam animadamente à mesa de um café. «O homem das minhas fantasias é o Russel Crowe», comenta a loira. Dá-se um suspiro geral e surge logo a pergunta: «Como é que eram as fantasias antes dele existir?».

«George Clooney» respondem em uníssono. As quatro amigas desta história são as protagonistas da famosa série «Sexo e a Cidade», mas, verdade seja dita, poderia ser qualquer uma de nós.

Celebridades, paraísos, encontros com estranhos e práticas mais ousadas povoam a nossa imaginação. Um estudo realizado pela ABCNews revela que mais de cinquenta por cento dos norte-americanos partilha as fantasias sexuais com o companheiro e considera-as um importante estímulo para a relação. As fantasias fazem parte da vida de cada um e podem ser um dos segredos da satisfação sexual. Pela mão de José Pacheco, sexologista, entre no mundo onde tudo é permitido.

Elixir do entusiasmo

Tão natural como sonhar, fantasiar é um fenómeno comum a todas as pessoas, sendo frequente em cerca de noventa e cinco por cento dos homens e mulheres. Fruto da imaginação, de experiências vividas ou de leituras e filmes, as fantasias surgem na adolescência e manifestam-se ao longo da vida.

Vários estudiosos defendem que estas ajudam a reduzir a ansiedade face ao sexo e podem, inclusivamente, aumentar o interesse sexual e a excitação. A par com a frequência das relações, a idade e a roupa sexy, as fantasias são, para a maioria dos norte-americanos, essenciais para uma vida sexual excitante.

«As pessoas sexualmente activas têm mais fantasias», afirma José Pacheco, que acrescenta que estas «podem ter um papel importante para que a relação seja satisfatória, no entanto isso vai depender das pessoas. A sexualidade liga-se às fantasias, mas há lugar para todos: para os que têm muitas e para os que não têm nenhuma fantasia.»

Descubra as diferenças

Que as mulheres são de Vénus e os homens de Marte já se sabe, mas será que no universo das fantasias a distância é assim tão grande? Embora as situações retratadas por ambos os sexos sejam cada vez mais semelhantes, como as relações com estranhos ou com duas pessoas de outro sexo, existem diferenças.

Os homens tendem a ser mais visuais, a valorizar a roupa sexy. Para eles, o acto sexual é o aspecto central e não perdem tempo com rodeios. Nas fantasias femininas o cenário tem mais importância, assim como o enredo, a dinâmica entre as personagens e, é claro, os preliminares.

Outro aspecto curioso, referido num estudo comparativo entre os sexos, indicou que, regra geral, as mulheres com mais imaginação tinham uma vida sexual activa e satisfatória, ao contrário dos homens, cujas fantasias podiam ser sinónimo de insatisfação.

Femme fatale

Dominadora, irresistível e admirada por todos, é assim que a mulher se imagina. E, enquanto a maioria dos homens não inclui a companheira no seu elenco imaginário, vinte por cento das mulheres admite que o elemento mais comum é o seu parceiro actual.

A par com as personagens surgem os cenários românticos. Praias exóticas, cascatas ou campos floridos marcam as preferências de cerca de quinze por cento das mulheres, contrastando com os quatro por cento do lado masculino.

Outra característica comum nas fantasias femininas é a acção. Em vez de ocuparem o lugar discreto que a tradição defende, elas assumem as rédeas da situação. Por isso, não é de estranhar que «ser o homem por um dia» seja uma das fantasias favoritas.

Infidelidade virtual

Ter uma imaginação fértil no campo sexual não significa necessariamente um desejo de ser infiel ao companheiro actual. De facto, como indica o estudo da ABCNews, dos trinta por cento que fantasiam uma traição apenas dezasseis a põem realmente em prática.

Ter relações sexuais com outra pessoa que não o actual parceiro é uma das fantasias mais comuns, tanto nos homens como nas mulheres. Contudo, este facto não é revelador de problemas no casal. É natural imaginar-se algo que não se tem, mesmo que isso não passe de um desejo.

Após a fase inicial da relação o elemento «novidade» diminui, por isso, enquanto alguns casais procuram inovar na prática, na forma como fazem amor, outros recorrem à imaginação. Fantasiar durante o acto sexual é algo bastante frequente e pode ser estimulante, como realça José Pacheco, «se para uma pessoa a única forma de se excitar sexualmente é fantasiar com outra (concreta ou não) isso permite manter e equilibrar a relação.»

A terra do nunca

No mundo das fantasias tudo é permitido. A diversidade de situações é tanta que dificulta a definição do que é normal. No entanto, embora estudos indiquem que, entre as preferidas das mulheres se encontra a stripper ou uma interacção sexual «forçada», isto não significa que desejem concretizá-las.

As fantasias pertencem ao pensamento e não constituem, só por si, um problema. «Há imensas pessoas que sentem prazer em fantasias que transgridem, mesmo que não tenham comportamentos de transgressão», esclarece José Pacheco, «a esse nível a pessoa não vai prejudicar ninguém. O problema situa-se ao nível da acção, se a pessoa passa à prática ou não.»

Tal como nos sonhos, por vezes as fantasias podem reflectir situações perturbadoras. Segundo o especialista, o problema surge «quando a pessoa não se sente confortável com elas. Nesses casos, pedir ajuda clínica pode ser uma saída.»

Revelações perigosas

Partilhar as fantasias com o parceiro pode beneficiar a relação, contudo nem sempre é o caso.

Um relato, mesmo ficcional, pode afectar a auto-estima e o desempenho sexual.

Mesmo que não haja desejo de concretização, certas fantasias podem mudar a forma como se encara o parceiro ou a relação. Como exemplifica José Pacheco, «imagine que num casal, alguém revela fantasias que envolvem outras pessoas. O parceiro pode sentir-se ameaçado, pensar que já não tem uma relação de exclusividade.»

No campo sexual, como em tudo da vida a dois, cada caso é um caso. Antes de contar uma fantasia deve tentar prever a reacção do parceiro. «Tem que haver um bom relacionamento e conhecimento do outro para sabermos se está disponível para aceitar a fantasia, mesmo que esta tenha um lado perturbador», explica o especialista.

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