Wikileaks publica 90 mil documentos confidenciais sobre o Afeganistão

O site wikileaks publicou, esta segunda-feira, documentos militares confidenciais pertencentes ao governo norte-americano e revela dados sobre a actuação militar e o poderio talibã no Afeganistão. O governo americano já reagiu e admitiu que estes documentos ameaçam a segurança nacional dos Estados Unidos e que os dados apresentados não representam o quadro geral da situação.

Esta já é considerada a maior fuga de informação militar de sempre, aparecem informações de operações secretas e dados confidenciais sobre a guerra contra os Talibãs no Afeganistão e no Paquistão. Os 90 mil documentos abarcam informação de 2004 a 2010 e demonstram que os Estados Unidos ocultaram provas das sua actuação à margem da lei, bem como do verdadeiro poderio militar e bélico dos talibãs, que já causaram a morte de pelo menos, dois mil civis.

Os pontos mais polémicos da informação libertada são: a suspeita dos soldados americanos no Afeganistão, de que existem espiões paquistaneses a ajudar os talibãs, apesar das ajudas do governo americano que já ultrapassam os mil milhões de euros; A presença da C.I.A. no Afeganistão, ao contrário do que se pensava tem vindo a crescer e também que os talibãs usam mísseis sensíveis ao calor contra os aviões ocidentais.

A Wikileaks já divulgou mais de um milhão de documentos e relatórios secretos, o site funciona como uma espécie de arquivo online de fugas de informação sobre temas polémicos e muitas vezes sensíveis para os governos afectados. O site pretende proteger as suas fontes por medo às represálias - e assim manter uma comunidade fiel de “whistleblowers” (nome dados aos membros que partilham a informação).

Já em Junho deste ano a Wikileaks foi notícia por ter publicado um vídeo secreto de uma operação militar americana no Iraque, que provocou a morte a 12 civis, entre eles, um fotojornalista da Reuters.

Fonte: i