(...)

Eu? Bem, eu morri por dentro. A pedra que me faz viver está preta. Eu não vivo, apenas existo. Não tenho razões, não tenho interesses, não tenho nada que me prenda cá. Só desespero, só critico, só sofro, só choro, só atrapalho, só estranho, só (…)
Eu também tenho medo, mas não digo nada. Gosto de sorrir para a vida e pensar que tudo vai correr bem, mesmo quando os dias me trocam as voltas e chego à noite cansada a casa, sem encontrar sentido às coisas.
Como todas as mulheres, sou ingénua e gosto de acreditar que há homens bons, enfim… uma tristeza.
Não sei como não desisti, mas a verdade é que nunca deixei de sonhar, nunca deixei de acreditar que a vida me podia dar o que quero e mereço. E se querem saber, o que mais dói quando se ama alguém é imaginar tudo o que não conseguimos realizar juntos. Dizem que uma pessoa está sempre a aprender, mas no amor é exactamente ao contrário. Cada vez percebo menos disto e acho que faço cada vez mais disparates.
E sim, és o primeiro homem de quem gosto com todos os defeitos chapados na cara.

“Sonhos impossíveis que não cabem na realidade”.

Está bonito :D