Carlos Queiroz refuta acusações na resposta à nota de culpa

A defesa de Carlos Queiroz entregou, ontem, segunda-feira, a contestação à nota de culpa ao processo movido ao seleccionador nacional. O advogado Rui Patrício revelou terem sido refutadas todas as acusações e adiantou estar convicto de que o caso deveria ser arquivado.

No último dos quatro dias do prazo, o seleccionador nacional de futebol fez chegar, ontem, segunda-feira, ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol a resposta da defesa. Como o caso foi alvo de uma declaração de urgência, que o advogado Rui Patrício critica nas páginas (66) da contestação e que considera “no mínimo estranha”, hoje, terça-feira, há novas diligências.

Está marcada para as 14.30 horas o início da audição das cerca de dez testemunhas apresentadas pela defesa do seleccionador, duas das quais serão reinquiridas. Segundo o advogado Dias Ferreira disse ontem, segunda-feira, no programa “Dia Seguinte”, da SIC Notícias, Queiroz apresentou como testemunhas abonatórias os presidentes do F. C. Porto e do Benfica, respectivamente Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira, e Alex Ferguson, técnico do Manchester United.

“A defesa refuta peremptoriamente todas as acusações. Tenho a convicção, clara e firme, que não têm fundamento, nem factual nem jurídico. Daí a minha convicção de que o caso deveria ser arquivado”, afirmou, ao JN, Rui Patrício. O advogado não quis entrar em mais detalhes sobre a defesa, nem comentar afirmações de Queiroz ao Expresso, segundo as quais a Autoridade Antidopagem teria transmitido informações erradas.

“A seu tempo se verá o que foi dito e se verá se era verdade”, salientou, confidenciando que Queriroz está indignado com toda a situação. “Quem se sente injustiçado, tem a carreira e o prestígio que ele tem, não está a viver isto de forma satisfeita nem contente. Ele está indignado, como é normal”, concluiu Rui Patrício.

jn