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O mundo em que vivi - Ilse Losa

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Post by ritandrade Wed Aug 18, 2010 9:25 pm

1. Identificação do Livro

1.1. Título
"O mundo em que vivi"

1.2. Autor
Ilse Losa

1.3. Editora
Afrontamento

1.4. Data da Edição
Março de 2008

2. Contextualização do Autor

2.1. Alguns dados biográficos

O mundo em que vivi - Ilse Losa Ilselosaso9.th

A autora Ilse Losa é uma escritora portuguesa de origem alemã, de ascendência judia. Nasceu numa pequena aldeia de Bauer, perto de Hannover, no Norte da Alemanha.

Quando tinha cerca de 16 anos a família teve dificuldades financeiras: após a morte do pai o dinheiro não era suficiente para as despesas. Foi então que Ilse partiu para Londres para aperfeiçoar o inglês; Em Londres tomou conta de crianças e frequentou uma escola.

Ao regressar à Alemanha os partidários de Adolf Hitler começavam a dominar o país. Tentou estudar e trabalhar em Berlim, mas como era judia teve de fugir do país para não ser levada para um campo de concentração.
Assim, em 1934, em plena 2ª Guerra Mundial, acabou por refugiar-se em Portugal, mais propriamente no Porto.

Casou-se com o arquitecto Arménio, adquirindo assim a nacionalidade portuguesa.
Publicou romances, contos, crónicas, trabalhos pedagógicos e muitos livros para crianças. Fez também traduções de alemão para Português.
Recebeu, em 1991 o Grande Prémio de Livros para Crianças atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Escreveu regularmente desde 1949, sendo o seu livro "Um Fidalgo de Pernas Curtas" muito conhecido e "Contos de Eva Luna."
Divulgou autores portugueses na Alemanha e trabalhou também para a televisão criando séries infantis. Faleceu a 6 de Janeiro de 2006.

O livro "A Quinta das Cerejeiras" teve o Prémio Gulbenkian de Texto em 1982. Em 1984, Ilse Losa obteve o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças pelo conjunto da sua obra.
Faleceu no Porto, em 6 de Janeiro de 2006, com 92 anos.

2.2. Outras Obras do(a) Autor(a)

; Um artista chamado Duque, s.d.

; Duas Peças Infantis, s.d.

; O Rei Rique e Outras Histórias, Porto Editora

; Senhor Pechincha, Edições Afrontamento

; Ora ouve..., Edições Asa

; Faísca conta a sua história, Edições Asa, 1949

; A Flor Azul, 1955

; Um Fidalgo de Pernas Curtas, Edições Asa, 1961

; A adivinha, Livraria Figueirinhas, Porto, 1967
(Peça de Teatro)


; Beatriz e o Plátano, 1976

; Viagem Com Wish, 1976

; O Quadro Roubado, Edições Asa, 1985

; Silka, Edições Afrontamento, 1991

3. Conteúdo do Livro

3.1. Género Literário

Narrativa autobiográfica

3.2. Assunto (breve síntese)

Em termos de tempo a história encaixa-se nos finais da Primeira Guerra Mundial e, em termos de espaço, na Alemanha.

A história relata acerca de uma rapariga cujo nome é Rose Frankfurter, da classe média, frágil, de cabelo louro e de feições infantilmente lisas, que passara uma infância complicada pelo facto de ser judia.

Vivia com os seus avós paternos, Markus e Ester, numa pequena casa.

O avô Markus era uma pessoa amável, calma e tinha um olhar sempre tristonho. Rose tinha uma adoração especial por este.

A avó Ester era o oposto, era fria e rígida, sendo que as suas duas palavras mais utilizadas eram: prático e económico, palavras pelas quais Rose começara a detestar desde cedo.

Quando dois tios de Rose, filhos dos seus avós paternos, morrem, Markus fica frágil, abatido e doente, o que entristece Rose.

Posteriormente, o seu avô Markus morre seguindo-se a sua avó Ester. É então nessa altura, quando perde os avós, que Rose vai viver com o pai, a mãe e os seus dois irmãos, mudando a sua vida radicalmente.

Passa a viver na cidade, onde entra na escola primária e onde não há discriminação pelo facto de ser judia. Já quando entra no Secundário não se sucede o mesmo, sendo que começa a perceber como são tratados os judeus, começa a sentir na pele o que era ser discriminado devido apenas a esse facto.

Contudo também haviam coisas positivas na sua vida desde então, tal como o seu namoro com Paul, pessoa que a fazia feliz e que, de certa forma, a protegia.

Os seus problemas começaram mais tarde com a morte do seu pai, que morreu com cancro. A sua mãe, não tendo como sustentar três filhos, teve de vender a sua casa. Rose decide então ir para Berlim a fim de trabalhar, contudo as crises de inflação, de desemprego, do assassínio de Rathenau (ministro judeu), do aumento de influência e da vitória dos Nazis causam um distúrbio na sociedade e Rose, por ser judia, corria risco de vida.

A sua grande sorte foi um oficial nazi ter simpatizado consigo, até por ser loira e de olhos azuis, e lhe ter dado o prazo de 5 dias para sair do país, escapando-se assim ao triste fim dos restantes judeus: o campo de concentração.

Desta forma é retratada a vida dos judeus nessa época. Os seus costumes públicos e domésticos, as distinções feitas entre judeus e o resto da sociedade, enfim, a discriminação perante os mesmos.

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