Ele e tu.

Eu não deixei de gostar de ti. Eu nem sequer gosto dele, ou pelo menos como gosto de ti, não. Eu amo-te. Espero que entendas que o que sinto por ti não diminuiu nem um bocado, mas o que sinto por ele vai crescendo aos poucos. Mas não importa, porque a ti, amo-te. Não é gostar mais dele do que de ti, é vê-lo fazer mais por mim do que tu fazes. É vê-lo mais atencioso, preocupado, dedicado. É vê-lo mais vezes aqui, do que tu. Mas mesmo assim, não há motivo para alarme, porque és tu quem eu continuo a querer. Não te vou mentir, nunca o fiz, nem começaria a faze-lo agora. Eu gosto. Gosto muito de ver que alguém me dispensa algum do seu tempo sem que seja preciso ser eu a tomar a iniciativa. Gosto que não seja necessário ser sempre eu a pedir-lhe, como faço contigo. Quase que te imploro por momentos destes, momentos que tu não me sabes dar. Momentos tão simples. Momentos que ele quer dar. Mas descansa, é contigo que ainda planeio concretizar os meus/nossos sonhos. Lembra-te sempre que houve um dia que tu me conquistaste, e olha para os nossos dias agora: não estás minimamente preocupado em dedicar-te a mim e a nós, porque pensas que o facto de gostares de mim chega. Pensas que é o suficiente para eu ficar. Ele está a fazer o mesmo que tu, sabes? Está a tentar conquistar-me todos os dias como tu fizeste. Mas tu paraste porque eu caí nos teus braços, ele ainda não parou. Não parou porque sabe que houve um dia que me deixei conquistar por ti. Agora tu paraste, e ele continua a tentar. Todos os dias, todas as horas. Paira-me esta dúvida principal na cabeça: Será que se ele me conseguisse ter por momentos, também iria parar a conquista como tu fizeste? Ou será que me ia continuar a conquistar todos os dias? Uma conquista mútua, permanente, eterna como tu prometeste fazer? Não sei. Por enquanto só sei que, pondo de lado estes aspectos, eu amo-te. Agora é bom que abras os olhos, antes que a mim me abra o interesse de arranjar respostas para as minhas perguntas.