Paulo Bento à cabeça

Paulo Bento é o treinador melhor colocado para suceder a Carlos Queiroz no comando técnico da Seleção Nacional. Esta possibilidade deverá ganhar contornos após a reunião da Federação Portuguesa de Futebol agendada para hoje, durante a qual Gilberto Madaíl e seus pares deverão tomar uma decisão que tudo indica passará pela saída do atual selecionador, nesta altura suspenso por seis meses das respetivas funções.

Neste contexto, Bento, de 41 anos, surge como principal candidato, reunindo a preferência de entre um lote de treinadores do qual constam nomes como Eriksson, Jesualdo Ferreira, Javier Aguirre, Luis Aragonés, Humberto Coelho e Manuel Cajuda.

O ex-treinador do Sporting conhece bem o futebol português, foi colega, por exemplo de Cristiano Ronaldo e companheiro de quarto de Ricardo Quaresma em Alvalade, e é visto como uma pessoa capaz de operar a necessária renovação na equipa das quinas, ele que tanto apostou na juventude ao serviço dos leões.

Remodelação profunda

A eventual entrada de Paulo Bento ou de qualquer outro treinador implicará necessariamente uma profunda remodelação ao nível técnico de todas as seleções. De resto, da generalidade dos treinadores, só Rui Caçador está nos quadros da Federação. Todos os outros foram notificados – tal como restantes elementos das estruturas de apoio, como os médicos – através de carta no dia 1 de julho que no final de setembro terminam o seu vínculo, que poderá ou não ser renovável a partir de 1 de outubro.

O dia de hoje será marcado pela tal reunião em que será debatido o momento da Seleção e a situação de Carlos Queiroz. A margem de manobra de Gilberto Madaíl, único defensor do atual selecionador no seio da direção federativa, é praticamente nula. Contra a unanimidade, o presidente da Federação tem argumentado com a possível onerosa indemnização ao técnico, caso não haja um acordo amigável e não vingue a justa causa.

Ontem, Vítor Peralta, um dos diretores da FPF, que terá assento na reunião, mostrou-se convicto de que Queiroz nunca se demitirá. “Não me passa pelo cabeça que ele peça a demissão. O que me passa pela cabeça é que, ou se toma uma posição, ou o poder cai na rua.” O dirigente diz que não vale a pena extremar posições, apelando à “calma e serenidade.”

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