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Molécula humana é analgésico tão forte como ópio e tem poderes anti-depressivos

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Molécula humana é analgésico tão forte como ópio e tem poderes anti-depressivos  Empty Molécula humana é analgésico tão forte como ópio e tem poderes anti-depressivos

Post by joaninha Fri Sep 10, 2010 7:51 pm

Chama-se opiorfina, foi descoberta em 2006, é produzida na saliva humana e uma equipa francesa concluiu que tem um forte poder analgésico e anti-depressivo, comparável com o ópio, mas com muito menos efeitos secundários.

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“A opiorfina não se liga directamente aos receptores opiáceos [onde se ligam substâncias como o ópio ou a morfina, que aliviam a dor mas causam dependência], mas age indirectamente”, explicou por e-mail ao PÚBLICO Catherine Rougeot, investigadora do Instituto Pasteur, em Paris, e autora de dois artigos publicados em Julho e Agosto na revista Journal of Physiology and Pharmacology.

Segundo a investigadora, esta molécula consegue prolongar o efeito de endorfinas – moléculas do prazer produzidas pelo nosso corpo – porque inibe as moléculas que inactivam estas substâncias. Como as “moléculas do prazer” são utilizadas só por certos tecidos, às vezes por motivos associados ao stress ou à dor, a opiorfina não terá um efeito exagerado nem global. Diminuindo a possibilidade de dependência.

A descoberta da molécula humana não foi o primeiro passo da investigação. “Há alguns anos, em 2003, identifiquei a sialorfina nos ratinhos. A sialorfina é segregada na saliva e no sangue de ratinhos conscientes que estão sob condições de stress, provavelmente para intervir em respostas adaptativas a mudanças ambientais”, disse Rougeot. Seguidamente foi à procura de um análogo humano, foi aí que encontrou a opiorfina. Neste momento a equipa da investigadora está a tentar compreender as condições em que se produz esta substância.

Além das funções de analgésicos, a molécula também é um bom anti-depressivo, e pode vir a ser utilizada para combater a dor que acompanha a depressão.

Depois de se compreender o funcionamento da molécula, é necessário produzir a versão sintética equivalente, arranjar uma companhia farmacêutica disposta a testá-la em dois outros mamíferos para verificar se existem efeitos indesejáveis. Depois, terá que passar pelos testes humanos. A droga poderá estar no mercado “entre cinco e dez anos”, esclarece a investigadora.

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joaninha
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