Doença de Lyme
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Doença de Lyme
A doença de Lyme é uma zoonose causada por uma infecção com uma bactéria da família Spirochaetaceae, denominada Borrelia burgdorferi. Trata-se de uma bactéria que sobrevive na natureza em artrópodes hematófagos da família Ixodidade que actuam como vectores e hospedeiros.
O aparecimento da doença no homem causada por esta spirocheta na maioria parte dos casos é uma infecção contraída em épocas quentes do ano. A descrição dos primeiros casos de doença, que posteriormente se admitiu terem sido causados pela B burgdorferi, data de 1908 e em 1909 um clinico (Afzelius) observou e descreveu pela primeira vez uma lesão dermatológica, que ficou designada como “eritema migrans”, numa mulher idosa que tinha sido picada por um ixodídeo.
Desde então e até 1975 foram assinalados e descritos muitos casos desta doença em diversos países da Europa, que passou a receber a designação de ‘eritema crónico migrans’ mas sem se saber qual é o agente etiologico responsável pelo aparecimento da doença. Apesar de todo o trabalho realizado foi só em 1982 que foram isoladas espiroquetas do sangue, da pele e do liquido cefalo-raquidiano de doentes com a doença de Lyme e entao foi identificada de maneira conclusiva como sendo o agente causador da doença de Lyme.
Finalmente, em 1984 a espiroqueta isolada recebeu o nome de Borrelia borgdorferi, em homenagem ao cientista Willy Borgdorfer, que a identificou e caracterizou pela primeira vez.
O primeiro caso clínico Português foi descrito em 1989.
O agente etiológico é uma espiroqueta gram negativa – de forma helicoidal, móvel, com extremidade fusiforme, medindo cerca de 30 microns. Tem como genotipos : B. Burgdorferi, B. Garinii e B. Afzelii.
O vector é Ixodes ricinus, é comum na Europa, presente em todo território nacional. Tem como habitat ideal : matas, bosques, florestas e uma actividade sazonal de primavera até ao outono.
Relativamente a expressão clinica da Doença de Lyme temos 2 situações : no cão e no homem cada uma com 3 fases.
No CÃO :
Fase I : é a fase de incubação que dura 2-5 meses após a mordedura da carraça e passa na maioria parte dos casos despercebida. O ECM (eritemo crónico migrante) raramente é reconhecido no cão.
Fase II : e a fase aguda e associa um conjunto de sintomas como : astenia, anorexia, fadiga, febre, claudicação, dor, artrite, manifestações nervosas.
Fase III : é a fase crónica que na ausência de um tratamento adequado pode provocar distúrbios neurológicos, cardíacos e lesões renais.
No HOMEM :
Fase I : o EMC aparece nos dias que se seguem á picada da carraça.
Fase II : é a fase septicémica de 4 dias a 22 semanas acompanhada por : astenia, alterações nervosas (meningite linfocitaria, paralisia facial, radicolite hiperalgica), lesões reumáticas, dermatológicas e cardiacas.
Fase III : na ausência de um tratamento adequado, a fase cronica pode surgir meses ou anos depois com : artrite crónica, meningite, paraplégia, distúrbios psíquicos, acrodermatite crónica atrofiante e linfocitoma cutâneo benigno.
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O aparecimento da doença no homem causada por esta spirocheta na maioria parte dos casos é uma infecção contraída em épocas quentes do ano. A descrição dos primeiros casos de doença, que posteriormente se admitiu terem sido causados pela B burgdorferi, data de 1908 e em 1909 um clinico (Afzelius) observou e descreveu pela primeira vez uma lesão dermatológica, que ficou designada como “eritema migrans”, numa mulher idosa que tinha sido picada por um ixodídeo.
Desde então e até 1975 foram assinalados e descritos muitos casos desta doença em diversos países da Europa, que passou a receber a designação de ‘eritema crónico migrans’ mas sem se saber qual é o agente etiologico responsável pelo aparecimento da doença. Apesar de todo o trabalho realizado foi só em 1982 que foram isoladas espiroquetas do sangue, da pele e do liquido cefalo-raquidiano de doentes com a doença de Lyme e entao foi identificada de maneira conclusiva como sendo o agente causador da doença de Lyme.
Finalmente, em 1984 a espiroqueta isolada recebeu o nome de Borrelia borgdorferi, em homenagem ao cientista Willy Borgdorfer, que a identificou e caracterizou pela primeira vez.
O primeiro caso clínico Português foi descrito em 1989.
O agente etiológico é uma espiroqueta gram negativa – de forma helicoidal, móvel, com extremidade fusiforme, medindo cerca de 30 microns. Tem como genotipos : B. Burgdorferi, B. Garinii e B. Afzelii.
O vector é Ixodes ricinus, é comum na Europa, presente em todo território nacional. Tem como habitat ideal : matas, bosques, florestas e uma actividade sazonal de primavera até ao outono.
Relativamente a expressão clinica da Doença de Lyme temos 2 situações : no cão e no homem cada uma com 3 fases.
No CÃO :
Fase I : é a fase de incubação que dura 2-5 meses após a mordedura da carraça e passa na maioria parte dos casos despercebida. O ECM (eritemo crónico migrante) raramente é reconhecido no cão.
Fase II : e a fase aguda e associa um conjunto de sintomas como : astenia, anorexia, fadiga, febre, claudicação, dor, artrite, manifestações nervosas.
Fase III : é a fase crónica que na ausência de um tratamento adequado pode provocar distúrbios neurológicos, cardíacos e lesões renais.
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Fase I : o EMC aparece nos dias que se seguem á picada da carraça.
Fase II : é a fase septicémica de 4 dias a 22 semanas acompanhada por : astenia, alterações nervosas (meningite linfocitaria, paralisia facial, radicolite hiperalgica), lesões reumáticas, dermatológicas e cardiacas.
Fase III : na ausência de um tratamento adequado, a fase cronica pode surgir meses ou anos depois com : artrite crónica, meningite, paraplégia, distúrbios psíquicos, acrodermatite crónica atrofiante e linfocitoma cutâneo benigno.
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