Entrar nos eixos em vitória crucial

Portugal bateu, ontem, sexta-feira, a Dinamarca, por 3-1, e reabriu as portas da qualificação para o Europeu de futebol de 2012. Nani foi a figura do jogo do estádio do Dragão, ao marcar os dois primeiros golos portugueses. Ronaldo fechou a contagem.

O primeiro jogo de Paulo Bento no banco da selecção correu da forma como o técnico terá, certamente, sonhado. Portugal juntou a vitória, vital para continuar na corrida ao apuramento para a fase final do Europeu de 2012, a uma exibição muito conseguida.

O susto provocado pelo golo da Dinamarca, que durante quatro minutos fez acordar os fantasmas do jogo que os nórdicos ganharam em Alvalade na qualificação para o Mundial 2010, não foi suficiente para ensombrar uma noite muito segura da selecção portuguesa, que dominou o adversário de princípio a fim e somou três pontos fundamentais. De resto, os números do resultado pecam apenas por defeito, já que Portugal produziu um volume atacante que justificava uma vitória mais confortável do que o 3-1 final traduz.

Num ambiente positivo, mesmo que as bancadas do Dragão tenham estado bem longe da enchente, a equipa de Paulo Bento ganhou confiança para o outro jogo decisivo que tem já na terça-feira, na Islândia, e mostrou qualidades que lhe permitem continuar a acreditar na qualificação, apesar do actual atraso para o líder do Grupo H. Segura a defender, o que nem por sombras tinha acontecido nos jogos com Chipre e Noruega, e também na circulação de bola, neste caso à custa de um meio-campo mais consistente, com João Moutinho e Carlos Martins em grande plano, a selecção portuguesa ganhou uma boa vantagem na primeira parte, em dois lances consecutivos, nos quais Nani aproveitou erros fatais na saída de bola dinamarquesa.

Os dois belos golos do avançado do Manchester United abriram, depois, caminho a um festival de futebol ofensivo de Portugal, que só não decidiu o resultado mais cedo porque Cristiano Ronaldo continua a ter uma atracção irresistível pelos ferros das balizas adversárias e porque o guarda-redes Lindegaard, que entrara a substituir o lesionado Sorensen, lhe negou uma série de remates cujo destino parecia ser o golo. A estrela do Real Madrid viria, no entanto, a acertar quando era mais necessário...

Ligada à máquina graças a uma desvantagem de dois golos que é sempre passível de ser anulada, a Dinamarca fez o 2-1 num lance caído do céu, esteve perto do 2-2 num golo bem anulado por fora-de-jogo, mas desta vez os deuses não estavam do seu lado porque, a cinco minutos dos 90, Ronaldo conseguiu finalmente facturar. Num jogo com Paulo Bento, CR7 já marcou metade dos golos que tinha festejado em 18 partidas com Queiroz...

jn