Bébé.

Tu? Tu ensinaste-me muitas coisas: a não desistir, a saber perder, a desfrutar vitórias e a aceitar derrotas. A ouvir e a calar, a respeitar. Tu, tu deste-me tudo o que tinhas, ouviste-me e aturaste-me como se fosse essa a tua obrigação. Tu riste-te quando eu tentava dizer piadas, mas que não tinham mesmo piada nenhuma. Tu fizeste-me juras e promessas e continuam em pé, eu sinto. Tu trataste-me como se eu fosse o teu tesouro, o teu diamante que sempre guardaste debaixo da almofada. Deste-me o que podias e deste ainda mais. Deste-me o que era teu só para eu me sentir bem, e umas vezes, ofereceste-me o sorriso, até. Tu foste tudo, tu deste-me tudo, tu fizeste-me sentir mil e uma coisas. Arrepios, orgulho, fizeste-me chorar de alegria e de dor, partilhaste todos os teus momentos comigo, lembraste-te de mim sempre que eu precisei e que não disse nada. Tu foste um anjo, um anjo da guarda mesmo ! E acredita que os anjos da guarda não vão embora assim, eu acredito. Se acredito que apareceste, que me deste tudo de ti, que me deste a mão e que nunca me apontaste um dedo, que nada foi um sonho, também posso acreditar que continuas aqui, a olhar por mim, a torcer por mim, a apostar em mim para eu ser mais e melhor. EU ACREDITO ! Nunca, ninguém, em circunstância alguma, vai ocupar o teu lugar