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Haitianos ainda sem abrigos em plena época de furacões.

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Post by ritandrade Sun Jun 06, 2010 12:43 pm

O responsável pela ajuda humanitária das Nações Unidas está frustrado com o lento progresso da construção de abrigos para os 1,5 milhões de haitianos desalojados desde o terramoto de Janeiro e alertou para o perigo da chegada dos furacões.

John Holmes disse à Associated Press que o complexo processo de encontrar terrenos disponíveis para construir abrigos temporários, a lenta tomada de decisões pelo Governo e as novas ondas de haitianos que vão chegando aos campos de desalojados tornaram a resposta à crise particularmente difícil.

"Estamos um pouco frustrados por isto estar a demorar tanto tempo", disse John Holmes, que se encontra na Austrália para uma reunião do grupo de doadores da Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU. "Até agora, ainda não conseguimos construir muitos abrigos provisórios", afirmou.

Na semana passada teve início a época dos furacões, que os meteorologistas prevêem bastante activa, com perto de 23 tempestades tropicais.

A desflorestação e a erosão deixaram o Haiti particularmente vulnerável a inundações e deslizamentos de terras, pelo que uma grande tempestade irá trazer ainda mais miséria para aqueles que continuam a viver sob tendas de lona em zonas de inundação, cinco meses após o terramoto de 12 de Janeiro.

"Temos muita coisa para fazer, uma série de preocupações e riscos antes de sentirmos que estamos numa posição mais confortável", disse John Holmes.

A complicar mais a situação está o afluxo de haitianos que se têm deslocado para campos de desalojados, aumentando para 1,5 milhões o número de deslocados, quase o dobro do estimado logo após o terramoto.

Após o desastre, centenas de milhares de pessoas fugiram da capital devastada, Port-au-Prince, para as cidades periféricas para se juntarem aos familiares. Mas as condições nessas zonas não eram muito melhores, e sem nada para fazer nem rendimentos, começaram a voltar para a capital e a instalarem-se nos acampamentos, disse.

Outros não conseguem mais pagar a renda e sentem que não têm outra alternativa senão ir para os campos, afirmou.

E embora algumas casas tenham sido consideradas seguras para as pessoas regressarem, muitos moradores estão demasiado assustados para voltar, receando outro tremor de terra.

Muitos haitianos acreditam também que recebem mais comida e ajuda médica se estiverem nos campos, referiu John Holmes.

O Governo do Haiti tem um desafio acrescido no processo de abrigar os desalojados, disse, acrescentando que as infraestruturas governamentais foram destruídas pelo terramoto e ainda não estão em total funcionamento, o que torna demoradas as tomadas de decisão mais difíceis.

Um obstáculo importante é a obtenção da aprovação do Governo para construir abrigos semipermanentes, feitos de madeira com telhados de ferro galvanizado.

Não há terreno para construir este tipo de habitação em Port-au-Prince e, embora tenham sido identificadas áreas fora da cidade, tem sido difícil chegar a um consenso entre proprietários de terras, autoridades locais e Governo central, disse John Holmes.

Fonte: Jornal De Notícias
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