Paraguai vence Japão e está nos quartos

O Paraguai apura-se para os quartos depois de vencer o Japão nas grandes penalidades, ficando a aguardar pelo desfecho da partida entre Portugal e Espanha para saber qual o seu próximo adversário neste Mundial. O jogo foi fraco, sem ritmo nem lances de perigo e foi preciso esperar muito tempo para haver uma decisão. O Paraguai chega pela primeira vez aos quartos-de-final de um Campeonato do Mundo nesta que é a sua oitava presença em Mundiais.

As duas equipas entraram em campo tentando um feito inédito, uma vez que nenhum dos dois emblemas tinha chegado aos quartos em fases finais de um Campeonato do Mundo. O Paraguai somava três presenças nos oitavos e por quatro vezes havia caído na fase de grupos, ao passo que o Japão somava uma presença nos oitavos e dois afastamentos ainda na fase de grupos.

O Paraguai cumpre assim a vantagem que a história lhe dava: no único confronto existente entre as duas selecções os paraguaios levaram a melhor, vencendo por 4-0 num jogo a contar para a Copa América em 1999.

Filme do Jogo

A antevisão prometia melhor jogo do que aquele a que se assistiu. A primeira parte foi fraca, com muito estudo mútuo e pouco atrevimento. O Paraguai controlou a partida mas foi o Japão a equipa a criar mais perigo. Ainda assim, não existiram lances ofensivos de realce à excepção do remate de Daisuke Matsui que embateu na barra da baliza paraguaia, à passagem do minuto 20 e do excelente pormenor técnico de Lucas Barrios que rodopiou sobre a bola, ganhou posição entre os defesas japoneses e rematou bem mas à figura de Kawashima.
Tirando estes dois lances, a partida foi morna e com ritmo baixo, com os nipónicos a defender e a jogar no erro do adversário e os sul-americanos a trocarem mais a bola no meio-campo ofensivo.

A segunda parte não trouxe nada de novo nem de agradável ao jogo. Nenhuma das duas equipas arriscava ou criava perigo, dificilmente chegava à área contrária e toda a discussão decorria a meio-campo. O Paraguai só conseguia aproximar-se da área japonesa com lances de bola parada, apostando no jogo directo. O Japão conseguia sair rápido em contra-ataque mas apresentava falhas contínuas na concretização.
A partida arrastava-se e o minuto 90 chegou sem se vislumbrarem lances de perigo ou de golo iminente. O prolongamento surgia como inevitável e acabou por se confirmar. Com as duas equipas a jogar sem ritmo, sem emoção e sem criatividade, o tempo extra surgiu como a penalização inevitável pela falta de atrevimento dos dois emblemas.

Prolongamento

O Paraguai entrou melhor e aproximou-se da baliza japonesa logo nos minutos iniciais com Lucas Barrios a cabecear com perigo no meio dos centrais nipónicos, apesar de o guardião japonês ter defendido com facilidade. Logo depois foi o Japão a criar perigo através de um lance de bola parada com Honda a rematar directo e com muito perigo para a baliza de Villar.
Apesar de o início de prolongamento até ter prometido uma «lufada de ar fresco» numa partida com pouco para contar, o nó da igualdade sem golos não foi desatado e a partida chegou, aborrecidamente, às grandes penalidades.

Com Cardozo a marcar o quinto penálti, que carimbou a passagem do Paraguai à fase seguinte do Mundial vencendo por 5-3, o jogador japonês Komano fica na história da partida por ter falhado a terceira grande penalidade, colocando os nipónicos fora da competição.

zerozero

bom jogo.

Japão fez mais .

Não vi .