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Cartões de vítimas e telemóveis em casa de Francisco

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Post by Λιλιανα Sat Jul 24, 2010 9:19 am

Telemóveis e cartões multibanco das três vítimas que são imputadas a Francisco Leitão foram encontradas pela PJ na sua casa, tornando-se provas cruciais. A mãe de Tânia, a primeira a desparecer, conta como até foi "ajudada" por Francisco quando a filha desapareceu.

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Glória Félix chegou a ameaçar Francisco pois suspeitava que ele soubesse do paradeiro da filha.

Foi já durante a investigação ao desaparecimento de Joana Correia, 16 anos, em Março deste ano, que os inspectores da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo (UNCT) vieram a descobrir, durante as buscas à excêntrica casa de Francisco Leitão, em Carqueja, Lourinhã os telemóveis e cartões multibanco. Estavam lá os de Joana, mas também os de Ivo Delgado e de Tânia Santos, desaparecidos quase dois anos antes.

Estes elementos de prova terão sido essenciais para a determinação da prisão preventiva do suspeito, pois permitiram às autoridades estabelecer a ligação entre o sucateiro e os três desaparecimentos.

Os achados estabeleceram também um padrão no comportamento do indivíduo, que se aproximava das vítimas quando as sentia mais fragilizadas. Foi o caso também de Tânia Santos, na altura com 27 anos, em que Francisco Leitão lhe deu todo o apoio na altura em que ela iniciava o processo de separação do marido Nuno. “A minha filha andava mal e ele ofereceu-se para a ajudar”, recorda Glória. “A Tânia e a minha neta chegaram a ficar a dormir na casa do Francisco”, contou.

Glória Félix, de 52 anos, mãe da Tânia, garantiu ao JN ter apresentado queixa no Posto da GNR de Santa Cruz, em Junho de 2008, pelo desaparecimento da jovem, isto depois de ter insistido Francisco sobre o paradeiro da filha e de o ameaçar que ia fazer queixa às autoridades. “Se tu não me dizes então vou perguntar ao Ivo” – a segunda vítima –, contou Glória Félix, reportando-se a um conhecimento de muitos anos. “Eu cheguei a viver na Carqueja com a minha Tânia, e o Francisco viu-a crescer. Eu dava-me bem com ele”, adiantou.

A ameaça de Glória fez Francisco mudar de opinião e acabou por ser ele a insistir em a acompanhar. “Ele quis ir comigo apresentar a queixa na GNR de Santa Cruz”, recorda a mãe de Tânia, mas nessa altura não tinha qualquer suspeita de que a filha estivesse já morta.

Mas a verdade é que dias depois da apresentação da queixa chegava uma primeira mensagem, ao telemóvel de um dos três irmãos, com origem no número de Tânia, a dizer que estava bem e a trabalhar em Espanha. E uma segunda, dias mais tarde, a confirmar as palavras anteriores e a pedir à mãe para tomar conta da filha, então com dez anos. As mensagens eram afinal enviadas por Francisco e serviram para fazer a progenitora esquecer a queixa e atrasar as investigações.

A GNR já então teria começado a fazer perguntas sobre o paradeiro de Tânia, mas o facto de ela ser maior e de Glória ter também falado às autoridades nas duas mensagens que a descansavam fizeram esquecer o caso, se bem que, segundo diz, tenha sido nessa altura sido contactada pela PJ.
“Acreditei que ela estava realmente em Espanha a trabalhar, até porque tinha o processo de divórcio a correr e queria sair daqui com medo do marido”.

PJ sem elementos para mais crimes


O Director Nacional da Polícia Judiciária (PJ), Almeida Rodrigues, disse ontem, no Porto, “para acalmar as pessoas”, que não foram recolhidos “temos elementos concretos” que apontem para a existência de outros desaparecimentos relacionados com Francisco Leitão, mas não fecha a porta a que isso venha a acontecer, tal como o JN ontem noticiou. “Estamos a investigar todas as possibilidades”, disse, nas instalações da directoria do Porto.

Almeida Rodrigues elogiou ainda o “excelente” trabalho de investigação. “Os homens e as mulheres que trabalharam nesta investigação estão de parabéns. Decorreu durante quatro meses no mais absoluto sigilo. Até terça-feira ninguém sabia que tinha havido três crimes de homicídio”, afirmou.

“Ainda estamos a a analisar um acervo de elementos probatórios que recolhemos os e com a brevidade possível iremos concluir a investigação.”, disse o responsável máximo da PJ

Almeida Rodrigues constata ainda que “os elementos probatórios foram suficientemente sólidos para que o juiz de Instrução criminal tenha decretado a prisão preventiva do suspeito”. e Acrescenta que “nestes quatro meses foi constituída prova que se constitui por 14 ou 15 volumes”.

No entanto, ressalva que “a PJ procura sempre o reforço dos elementos probatórios e neles estão a busca dos cadáveres”. “Queremos fazê-lo porque entendemos que as famílias devem fazer o luto e só com a entrega dos corpos o poderão fazer”.

“Estamos perante uma investigação extremamente difícil, porque é um autor singular e temos algumas dificuldades”, admite também o director nacional da Polícia Judiciária.

Fonte: jn

Λιλιανα

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