Médico com historial negro de 14 vítimas holandesas
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Médico com historial negro de 14 vítimas holandesas
Franz Versteeg é suspeito de ter provocado problemas oftalmológicos graves a 14 pacientes holandeses, que se deslocaram à clínica I-QMed, em Lagoa, devido aos baixos preços. Os pacientes ficaram com lesões permanentes nas córneas devido a falhas no laser.
A Real Associação Holandesa de Medicina (RAHM), entidade semelhante à portuguesa Ordem dos Médicos, conta no historial profissional de Franz. F. H. Versteeg com 14 queixas de cidadãos holandeses que foram vítimas de maus procedimentos clínicos de tal profissional, em Portugal.
Fonte da RAHM confirmou, ao JN, não só a inscrição de "Franz V." como oftalmologista, há cerca de 30 anos, como a Ordem dos Médicos nunca pediu informação sobre o profissional, ao contrário de outros países europeus onde profissionais holandeses de Medicina exercem.
Ao JN, a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde disse não ter indicação de tais casos. Porém, quanto à investigação aos quatro casos ocorridos em Julho, estará concluída até ao final deste mês.
Oriundas de várias cidades da Holanda, as vítimas sofreram queimaduras na córnea após a deslocação à I-QMed, em Lagoa. Com voo e estadia, o pacote da cirurgia era suficientemente apelativo, por ser 50% mais barato do que um tratamento igual na outra clínica de Versteeg, a "Eye-q-Vision", em Amstelveen, no norte da Holanda.
Segundo as declarações prestadas pelo clínico à Inspecção-Geral da Saúde holandesa, que tem em mãos a averiguação dos casos, o equipamento laser usado nas intervenções funcionava com uma falha técnica. O problema fazia direccionar o feixe laser para vários sítios em vez um. A investigação iniciou-se com a queixa de uma paciente - de nome "Hartlief" - que usava óculos e foi convencida a rumar ao sul de Portugal.
Os casos ocorreram maioritariamente a 31 de Maio e 1 de Junho 2004. Ou seja, dois meses antes de Versteeg ter enviado à Administração Regional de Saúde (ARS) de Faro um pedido de licenciamento com documentação clínica. Sendo que só em 28 de Outubro de 2004, o cirurgião pediu ao delegado de saúde de Lagoa uma vistoria higieno-sanitária às instalações, por onde já tinham passado os queixosos.
Algumas das vítimas apontaram ainda a inexistência de qualquer mecanismo a que pudessem recorrer em Lagoa, enquanto permaneciam em unidades hoteleiras, como a necessidade de obter medicamentação apropriada aos seus casos. Ora, esta cenário colide com o facto de só durante 2005 a ARS ter enviado o Livro de Reclamações e as vinhetas da Direcção-Geral de Saúde.
Versteeg, em entrevista ao JN, garantiu que conseguiu - no regresso à Holanda - devolver até 90% da visão a oito dos pacientes. "Quanto aos outros, sei que fizeram queixas, queriam dinheiro e até gastaram muito mais a tentar resolver os problema, quando me ofereci gratuitamente para os resolver aqui (Holanda)", explicou.
jn
A Real Associação Holandesa de Medicina (RAHM), entidade semelhante à portuguesa Ordem dos Médicos, conta no historial profissional de Franz. F. H. Versteeg com 14 queixas de cidadãos holandeses que foram vítimas de maus procedimentos clínicos de tal profissional, em Portugal.
Fonte da RAHM confirmou, ao JN, não só a inscrição de "Franz V." como oftalmologista, há cerca de 30 anos, como a Ordem dos Médicos nunca pediu informação sobre o profissional, ao contrário de outros países europeus onde profissionais holandeses de Medicina exercem.
Ao JN, a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde disse não ter indicação de tais casos. Porém, quanto à investigação aos quatro casos ocorridos em Julho, estará concluída até ao final deste mês.
Oriundas de várias cidades da Holanda, as vítimas sofreram queimaduras na córnea após a deslocação à I-QMed, em Lagoa. Com voo e estadia, o pacote da cirurgia era suficientemente apelativo, por ser 50% mais barato do que um tratamento igual na outra clínica de Versteeg, a "Eye-q-Vision", em Amstelveen, no norte da Holanda.
Segundo as declarações prestadas pelo clínico à Inspecção-Geral da Saúde holandesa, que tem em mãos a averiguação dos casos, o equipamento laser usado nas intervenções funcionava com uma falha técnica. O problema fazia direccionar o feixe laser para vários sítios em vez um. A investigação iniciou-se com a queixa de uma paciente - de nome "Hartlief" - que usava óculos e foi convencida a rumar ao sul de Portugal.
Os casos ocorreram maioritariamente a 31 de Maio e 1 de Junho 2004. Ou seja, dois meses antes de Versteeg ter enviado à Administração Regional de Saúde (ARS) de Faro um pedido de licenciamento com documentação clínica. Sendo que só em 28 de Outubro de 2004, o cirurgião pediu ao delegado de saúde de Lagoa uma vistoria higieno-sanitária às instalações, por onde já tinham passado os queixosos.
Algumas das vítimas apontaram ainda a inexistência de qualquer mecanismo a que pudessem recorrer em Lagoa, enquanto permaneciam em unidades hoteleiras, como a necessidade de obter medicamentação apropriada aos seus casos. Ora, esta cenário colide com o facto de só durante 2005 a ARS ter enviado o Livro de Reclamações e as vinhetas da Direcção-Geral de Saúde.
Versteeg, em entrevista ao JN, garantiu que conseguiu - no regresso à Holanda - devolver até 90% da visão a oito dos pacientes. "Quanto aos outros, sei que fizeram queixas, queriam dinheiro e até gastaram muito mais a tentar resolver os problema, quando me ofereci gratuitamente para os resolver aqui (Holanda)", explicou.
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