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"Foi um terror, pessoas pelo chão, outras a fugir e gritos"

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Post by ritandrade Wed Aug 11, 2010 1:02 pm

"Foi um terror, pessoas pelo chão, outras a fugir e gritos" Ng1329054j

Acidente "estranho" com autocarro mata homem e fere mulher com gravidade.

"O motorista travou, travou, travou, mas o autocarro não parava. Foi um terror. Pessoas pelo chão, outras a fugir e crianças aos gritos." Foi este o cenário vivido ontem ao fim da tarde no terminal rodofluvial do Barreiro descrito por Anabela Militão, que testemunhou o momento em que a "carreira 7" abalroou várias pessoas que, pelas 18.20, se encontravam na paragem do autocarro à espera da "carreira 3", tendo provocado a morte a um homem, na casa dos 50 anos, e ferimentos graves numa mulher. Há mais três feridos ligeiros que não correm perigo de vida.

Foi um acidente "estranho", como o classificou o próprio adjunto de Comando dos Bombeiros do Barreiro, Rui Silva. O autocarro, que pertence aos Transportes Colectivos do Barreiro, empresa gerida pela autarquia, terá sofrido uma falha mecânica que não permitiu ao motorista travar o veículo, ao iniciar a marcha depois de ter estado parado a recolher passageiros. Incapaz de controlar o autocarro, o motorista não conseguiu impedir a tragédia. O pesado partiu desgovernado, começando por abalroar o autocarro da "carreira 3", que estacionado uns metros à sua frente, passando depois entre aquela viatura e a paragem onde se encontravam os utentes.

"Eu penso que a maioria das pessoas nem se apercebeu que o autocarro galgou o passeio. Isto estava cheio de gente que queria era regressar a casa", disse Anabela, relatando que a vítima mortal sofreu um impacto no ombro que a projectou no chão, onde acabou por ser atropelada pelo autocarro. Seria encontrada pelos bombeiros em paragem cardiorrespiratória e deu entrada já sem vida no hospital local, segundo confirmou o presidente da autarquia Carlos Humberto, adiantando que o homem não se fazia acompanhar de documentos, pelo que não foi possível identificar logo a vítima.

Após o atropelamento, o autocarro seguiu a trajectória, sem- pre lentamente, com dezenas de pessoas em pânico a tentar fugir. Uma mulher, que não se apercebeu do perigo, viria igualmente a ser atropelada, registando ferimentos graves ao nível das pernas (estava a ser operada à hora de fecho desta edição). Duas pessoas sofreram ferimentos ligeiros, tal como aconteceu com o próprio motorista, com nove anos de experiência, que necessitou de acompanhamento psicológico.

"Houve uma rapariga que ajudou o homem e que até me pediu água, porque não o estava a conseguir acalmar", descreveu ainda a mesma testemunha que chegou a pensar que "o autocarro só ia parar no rio, porque ele ficou debaixo do terminal", tendo percorrido cerca de 30 metros desgovernado.

O presidente da câmara revelou já ter sido aberto um inquérito para apurar as causas do acidente, admitindo não ter explicação para a tragédia. "O autocarro funcionou durante todo o dia e não houve queixa de nenhum motorista. O profissional que o conduzia naquele momento tinha começado a trabalhar às 16.30 e também não fez referência a qualquer problema", adiantou o autarca.

Já entre os utentes dos Transportes Colectivos do Barreiro não faltava quem exigisse viaturas com "melhores condições." Júlia Saraiva, que alertou para o "estado degradado dos autocarros e pneus carecas. Isto precisa de manutenção, porque é óbvio que houve falha mecânica. Que confiança podemos nós ter a partir daqui?", questionou.

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