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Gravidez ectópica

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Post by joaninha Tue Sep 14, 2010 6:35 pm

Na gravidez ectópica há fecundação do óvulo, mas a implantação deste é fora do útero. Na grande maioria é feita nas trompas de falópio.

Apenas o útero tem características adequadas em termos de espaço e tecidos para a evolução de uma gravidez. Desta forma, o crescimento do feto fora do útero, vai dilatar a zona onde este se está a desenvolver, causar sangramento e dor, havendo grande probabilidade de ruptura desses tecidos. Nesse caso surgem hemorragias intensas e risco de vida da grávida.

Origem
Existem vários factores que podem impedir a passagem do óvulo do ovário, pelas trompas e instalar-se no útero.

Em circunstâncias normais a parede das trompas contrai-se para facilitar a progressão do óvulo desde o ovário até ao útero. Se houver algum problema, esta contracção não é eficaz ou está ausente, impedindo o óvulo de se deslocar, acabando por se implantar na trompa.



Infecções ou inflamações das trompas também podem causar obstrução ou estreitamento.

O crescimento de células do útero em outra parte do corpo (endometriose) ou a cicatrização de tecidos após cirurgias, na zona circundante dos ovários e trompas também pode provocar aderências nos tecidos (tecidos colados uns nos outros), e bloqueio nas trompas.

São raros os casos em que a causa são malformações congénitas (nascença).

Consequências

Se o óvulo morrer, este ou é absorvido pelo organismo ou a mulher tem dor e sangra com a expulsão do óvulo. Nestes casos não há diagnóstico de uma gravidez ectópica porque se parte do princípio que ocorreu um aborto. Não são tomadas medidas especiais nestas situações.

Se não morrer, a gravidez ectópica pode ser diagnosticada através de análises ao sangue, onde se constata que os valores das hormonas da gravidez (GCH) não estão a aumentar ao ritmo certo de uma gravidez normal.

Neste caso a trompa vai dilatando com o crescimento do óvulo, provocando dores no fundo da barriga e pode ocorrer sangramento através da vagina, porque o organismo considera-o um corpo estranho e tem tendência a expulsá-lo. Se a gravidez não for interrompida, a trompa pode rebentar e provocar hemorragia severa e morte da mãe.

Sinais e sintomas

Os sintomas iniciais são iguais ao de uma gravidez normal, pelo que torna difícil o diagnóstico. Por volta da 4ª semana pode ocorrer:

- Falta da menstruação,
- Náuseas, vómitos, aumento da sensibilidade das mamas, urinar mais vezes.

Na gravidez ectópica também surge:

- Dor no fundo do abdómen – pode ser contínua ou intermitente, variar de intensidade e ser lado oposto à gravidez ectópica
- Dor ao urinar ou defecar,
- Pode apresentar sangramento escuro e mais líquido que o da menstruação,
- Se apresentar hemorragia (sangramento em grande quantidade) interna extensa pode provocar dor nos ombros e pescoço devido ao sangue comprimir alguns nervos e diafragma,
- A hemorragia pode também provocar palidez, aumento dos batimentos do pulso, baixa de tensão, sensação de desmaio e mal-estar.

Diagnóstico e tratamento

Todas as mulheres em idade reprodutiva e com dor abdominal pode ser sinal de gravidez ectópica. No hospital é normal o médico pedir um teste de gravidez feito á urina com resultado em 2 minutos ou ao sangue através da avaliação do nível da hormona gonadotrofina coriónica humana (GCH), produzida pela placenta. Estes valores aumentam ao fim de uma semana de gravidez, pelo que no exame ao sangue se o valor for abaixo do previsto para o tempo de gestação, suspeita-se de gravidez ectópica.

O médico pode pedir uma ecografia intravaginal (com uma sonda) ou abdominal ao útero, para visualizar se existe um feto e onde se encontra implantado. Também se pode visualizar se existe alguma massa no abdómen que possa estar a causar a dor.

Também pode ser feito um exame pélvico, porque a ecografia pode não detectar alterações, para visualizar melhor se existe alguma gravidez ou outra alteração.

Se o médico não conseguir encontrar uma causa para os sintomas, porque uma gravidez ectópica num feto inferior a 5 semanas de gestação é difícil de diagnosticar, pode pedir para regressar ao hospital com frequência para a observar e avaliar os valores de GCH. Também efectuará ecografia até que se consiga confirmar a gravidez e localizar onde se está a desenvolver a gravidez ectópica.

Se a gravidez estiver no início, pode ser fornecido medicação para provocar a expulsão do embrião. Há menor probabilidade de danificação da trompa ou tecidos onde está implantado.

Numa fase avançada da gravidez, tem que se realizar de uma cirurgia na parte inferior do abdominal para retirar o embrião e os tecidos onde está implantado.

Se não houver lesão das trompas, a cirurgia pode ser feita por via laparoscópica. O cirurgião faz quatro incisões (furos) pequenas na parte inferior do abdómen, por onde consegue realizar a operação. A recuperação costuma ser mais rápida e menos dolorosa.

Após a operação, há necessidade de repetir as análises (GCH), para se confirmar a remoção de todos os tecidos relacionados com a gravidez ectópica.

Se houve grandes perdas de sangue, pode ser necessário realizar transfusões sanguíneas e tomar medicação em casa até recuperar.

Prognóstico

Numa gravidez ectópica, qualquer que seja o tratamento, há sempre a morte do embrião.

Se o tratamento foi eficaz com medicação, não há problemas para voltar a engravidar. Se houve necessidade de retirar uma das trompas, ou se esta rompeu, a ovulação é igual como antes, mas tem 50% de hipótese de fecundar.

Se o tratamento foi cirúrgico, ou se a outra trompa estiver com alterações há maior probabilidade de ter gravidez ectópica por causa de possíveis aderências.

Se a causa foi o DIU, este ao ser retirado não aumenta o risco de próximas gravidezes, por esse motivo.

Se pensar engravidar novamente, é aconselhável esperar pelo menos 3 meses para poder recuperar fisicamente. Há mulheres que optam por tentar engravidar mais cedo, como estratégia para ultrapassar a perda e o processo de recuperação. Outras ficam muito deprimidas e ansiosas quando pensam no assunto.

Se voltar a engravidar, deve consultar o médico assim que desconfiar, ou se apresentar sangramento ou dor. Se for observada por outro médico, deve informar que já teve uma gravidez ectópica.

Ter uma gravidez ectópica é uma experiência inesquecível, mas pense que a possibilidade de ter uma gravidez normal é maior do que a de ter uma ectópica.

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